Número de equipes femininas cresce na Volta à Ilha

Redação Webrun | Corridas de Rua · 08 abr, 2010

Equipe Tigre em Ação Rosa de Joinville estreia na competição (foto: Divulgação)
Equipe Tigre em Ação Rosa de Joinville estreia na competição (foto: Divulgação)

Se antes era comum as mulheres apenas completarem as equipes masculinas nas provas de revezamento, hoje as atletas têm categorias próprias e entram para competir. O Revezamento Volta à Ilha Asics é um exemplo do crescimento da participação feminina no esporte. A primeira vez que a competição, criada em 1996, teve uma categoria exclusiva para elas foi em 2003 e, naquele ano, apenas uma equipe composta somente por mulheres se inscreveu. Esse, no entanto, foi o empurrão que faltava, pois em 2004 foram sete times e, esse ano, serão 14.

Uma das equipes estreantes em 2010 é a Tigre em Ação Rosa, de Joinville. A empresa, que dá nome à equipe, observou a demanda dos funcionários e montou um grupo de corridas há dez anos, mas as mulheres só ganharam um time de competições no ano passado. “O coordenador sempre teve vontade de montar uma equipe feminina, mas não havia atletas suficientes. Com a divulgação interna, começamos meio acanhadas, mas hoje estamos em todas”, diz a integrante Ana Carla Gusmão, 40.

Ana Carla conta que os treinos são intensos, com corridas, musculação e práticas específicas perto das provas, além de uma avaliação de perfis que faz com que cada corredora se especialize em um tipo de terreno e distância. “É importante para nós também preservar a qualidade de vida, a amizade, o companheirismo e a evolução em grupo”, lembra a atleta, “já que nos tornamos amigas de verdade e nos preocupamos com o bem-estar de todas”.

Já a Mega Girls, quatro vezes presente na prova, pode se considerar uma veterana na Volta à Ilha Asics. “É uma equipe competitiva, estamos sempre renovando e constantemente procurando evoluir. Somos uma família, temos encontros e reuniões fora treino com objetivo de integrar o grupo”, conta Vanuza Maciel, 40, responsável técnica e integrante do time.

Ana Carla e Vanuza concordam que a competitividade estimula o desenvolvimento das atletas. “Quando corríamos no grupo misto, os homens faziam os trechos mais difíceis, mas agora somos nós que enfrentamos, o que é muito bom!”, conta a joinvilense. Para Vanuza as equipes femininas são mais guerreiras. “Todas dão o máximo sempre e acabam até nascendo rivalidades, mas conseguimos equilibrar”, explica.

A vilã comum de todas as atletas é a TPM, mas essa também é encarada de formas diferentes. Vanuza diz que uma atleta nesses dias pode ter dificuldades no desempenho e, isso, prejudica o grupo todo. Já Ana Maria pensa que é possível ignorá-la. “Deixamos a TPM no chão e corremos sobre ela”, diverte-se a corredora.

Este texto foi escrito por: Webrun

Redação Webrun

Ver todos os posts

Releases, matérias elaboradas em equipe e inspirações coletivas na produção de conteúdo!