Equipe Tigre em Ação Rosa de Joinville estreia na competição (foto: Divulgação)
Se antes era comum as mulheres apenas completarem as equipes masculinas nas provas de revezamento, hoje as atletas têm categorias próprias e entram para competir. O Revezamento Volta à Ilha Asics é um exemplo do crescimento da participação feminina no esporte. A primeira vez que a competição, criada em 1996, teve uma categoria exclusiva para elas foi em 2003 e, naquele ano, apenas uma equipe composta somente por mulheres se inscreveu. Esse, no entanto, foi o empurrão que faltava, pois em 2004 foram sete times e, esse ano, serão 14.
Uma das equipes estreantes em 2010 é a Tigre em Ação Rosa, de Joinville. A empresa, que dá nome à equipe, observou a demanda dos funcionários e montou um grupo de corridas há dez anos, mas as mulheres só ganharam um time de competições no ano passado. O coordenador sempre teve vontade de montar uma equipe feminina, mas não havia atletas suficientes. Com a divulgação interna, começamos meio acanhadas, mas hoje estamos em todas, diz a integrante Ana Carla Gusmão, 40.
Ana Carla conta que os treinos são intensos, com corridas, musculação e práticas específicas perto das provas, além de uma avaliação de perfis que faz com que cada corredora se especialize em um tipo de terreno e distância. É importante para nós também preservar a qualidade de vida, a amizade, o companheirismo e a evolução em grupo, lembra a atleta, já que nos tornamos amigas de verdade e nos preocupamos com o bem-estar de todas.
Já a Mega Girls, quatro vezes presente na prova, pode se considerar uma veterana na Volta à Ilha Asics. É uma equipe competitiva, estamos sempre renovando e constantemente procurando evoluir. Somos uma família, temos encontros e reuniões fora treino com objetivo de integrar o grupo, conta Vanuza Maciel, 40, responsável técnica e integrante do time.
Ana Carla e Vanuza concordam que a competitividade estimula o desenvolvimento das atletas. Quando corríamos no grupo misto, os homens faziam os trechos mais difíceis, mas agora somos nós que enfrentamos, o que é muito bom!, conta a joinvilense. Para Vanuza as equipes femininas são mais guerreiras. Todas dão o máximo sempre e acabam até nascendo rivalidades, mas conseguimos equilibrar, explica.
A vilã comum de todas as atletas é a TPM, mas essa também é encarada de formas diferentes. Vanuza diz que uma atleta nesses dias pode ter dificuldades no desempenho e, isso, prejudica o grupo todo. Já Ana Maria pensa que é possível ignorá-la. Deixamos a TPM no chão e corremos sobre ela, diverte-se a corredora.
Este texto foi escrito por: Webrun