Mais uma maratona ou a sua primeira experiência em uma prova de 42,195km pela frente? Este é o desafio de muitos corredores que depois de correr provas menores resolvem obter o título de maratonista. Minha missão neste texto foi conversar com vários maratonistas (iniciantes e intermediários) para investigar a relação entre dor e o prazer, sensações vividas intensamente por quem tem este esporte como estilo de vida.
Antes de ir fundo no assunto dor e prazer, acho importante definir o significado desta corrida, a maratona, que desafia milhares de corredores mundo afora. O desafio de superar os limites do corpo e da mente é algo muito presente em uma prova como esta, que coloca atletas frente a frente com seus próprios limites e obstáculos.
O principal desafio é vencer o cansaço, medos e assim comemorar a conquista dos 42k. Depois da largada a prova passa a ser um desafio, onde o segredo do sucesso depende de uma excelente estratégia com variáveis de difícil controle, onde a força de um competidor está no equilíbrio do seu ser, fazendo da maratona uma prova para poucos.
Como qualquer atividade física intensa não há como deixar a dor de lado. Ela pode ser definida como a percepção psicológica de uma agressão física ou química. Essa percepção é considerada uma enorme proteção na evolução do homem. São vários os momentos em que a dor passa a influenciar as decisões de um maratonista, fazendo com que fatores psicológicos fossem responsáveis pelos milhões de pensamentos negativos e positivos na mente de todos os atletas que participam de uma prova como esta.
A maioria dos maratonistas associa a melhora do desempenho na prova com a presença da dor. A dor costuma ser uma companheira constante e você acaba se habituando a conviver com ela ao extremo, ainda que dando menos importância do que deveria. Um fator muito importante é o limiar de dor que varia muito, apesar de ser alto e praticamente impossível de ser determinado. Quanto maior a capacidade se suportar a dor, maior será a chance de sofrer lesões.
A dor durante a prova é sinal de que algo está errado e sempre é necessário ficar atento a ela, o que geralmente não acontece. A duração, a intensidade e a localização são fatores que melhoram e pioram a dor e tudo isso deve ser avaliado, não para simplesmente combatê-la, mas para interpretá-la, traduzir o que esta querendo dizer e assim tomar uma atitude que pode determinar todo o destino do seu desempenho em uma prova.
Chegou à vez do prazer. A chave para o prazer é o autoconhecimento e a autoaceitação. Quando estamos em sintonia com nossa exclusividade e peculiaridades, simplesmente manifestamos o que somos, sem medos, bloqueios, moralismos e nem limitações conseguimos viver o momento presente e sentir o prazer acontecer em diversas etapas da maratona.
Nossos hormônios também estão presentes em todo este processo, responsáveis por aquela sensação de bem-estar e prazer. A serotonina está intimamente ligada aos transtornos do humor presente do lado positivo e negativo que afeta todos os atletas em todo o percurso. Um fato é verdadeiro. Quanto maior a quantidade de esforço, maior a liberação de endorfina, chegando a um ponto em que é preciso mais exercício para atingir a mesma sensação de bem-estar. Maratonista é um dependente de atividade física, pois seu corpo solicita movimento, seja com dor ou prazer. O caminho para chegar até esse estágio varia de pessoa para pessoa.
Um fator que muitos atletas relataram é que ser um maratonista é um grande instrumento para a formação da personalidade. Sendo uma modalidade esportiva complexa que exige logística, estratégia, força de vontade e valores de grande importância para a formação de um indivíduo independente, além da autoconfiança que ajuda a acreditar na própria capacidade de conquista.
São com essas pessoas que convivo no meu dia a dia, como responsável pelo treinamento físico. Com certeza a cada maratona sempre aprendo mais um pouco de como ir atrás de meus objetivos para sempre crescer e estar pronto para a próxima corrida. Para terminar, uma frase que ouço bastante: A dor é passageira e o prazer é uma história de vida. Pense nisso e quem sabe a sua primeira maratona esta batendo a sua porta. Bons treinos!
Mais uma maratona ou a sua primeira experiência em uma prova de 42,195km pela frente? Este é o desafio de muitos corredores que depois de correr provas menores resolvem obter o título de maratonista. Minha missão neste texto foi conversar com vários maratonistas (iniciantes e intermediários) para investigar a relação entre dor e o prazer, sensações vividas intensamente por quem tem este esporte como estilo de vida.
Antes de ir fundo no assunto dor e prazer, acho importante definir o significado desta corrida, a maratona, que desafia milhares de corredores mundo afora. O desafio de superar os limites do corpo e da mente é algo muito presente em uma prova como esta, que coloca atletas frente a frente com seus próprios limites e obstáculos.
O principal desafio é vencer o cansaço, medos e assim comemorar a conquista dos 42k. Depois da largada a prova passa a ser um desafio, onde o segredo do sucesso depende de uma excelente estratégia com variáveis de difícil controle, onde a força de um competidor está no equilíbrio do seu ser, fazendo da maratona uma prova para poucos.
Como qualquer atividade física intensa não há como deixar a dor de lado. Ela pode ser definida como a percepção psicológica de uma agressão física ou química. Essa percepção é considerada uma enorme proteção na evolução do homem. São vários os momentos em que a dor passa a influenciar as decisões de um maratonista, fazendo com que fatores psicológicos fossem responsáveis pelos milhões de pensamentos negativos e positivos na mente de todos os atletas que participam de uma prova como esta.
A maioria dos maratonistas associa a melhora do desempenho na prova com a presença da dor. A dor costuma ser uma companheira constante e você acaba se habituando a conviver com ela ao extremo, ainda que dando menos importância do que deveria. Um fator muito importante é o limiar de dor que varia muito, apesar de ser alto e praticamente impossível de ser determinado. Quanto maior a capacidade se suportar a dor, maior será a chance de sofrer lesões.
A dor durante a prova é sinal de que algo está errado e sempre é necessário ficar atento a ela, o que geralmente não acontece. A duração, a intensidade e a localização são fatores que melhoram e pioram a dor e tudo isso deve ser avaliado, não para simplesmente combatê-la, mas para interpretá-la, traduzir o que esta querendo dizer e assim tomar uma atitude que pode determinar todo o destino do seu desempenho em uma prova.
Chegou à vez do prazer. A chave para o prazer é o autoconhecimento e a autoaceitação. Quando estamos em sintonia com nossa exclusividade e peculiaridades, simplesmente manifestamos o que somos, sem medos, bloqueios, moralismos e nem limitações conseguimos viver o momento presente e sentir o prazer acontecer em diversas etapas da maratona.
Nossos hormônios também estão presentes em todo este processo, responsáveis por aquela sensação de bem-estar e prazer. A serotonina está intimamente ligada aos transtornos do humor presente do lado positivo e negativo que afeta todos os atletas em todo o percurso. Um fato é verdadeiro. Quanto maior a quantidade de esforço, maior a liberação de endorfina, chegando a um ponto em que é preciso mais exercício para atingir a mesma sensação de bem-estar. Maratonista é um dependente de atividade física, pois seu corpo solicita movimento, seja com dor ou prazer. O caminho para chegar até esse estágio varia de pessoa para pessoa.
Um fator que muitos atletas relataram é que ser um maratonista é um grande instrumento para a formação da personalidade. Sendo uma modalidade esportiva complexa que exige logística, estratégia, força de vontade e valores de grande importância para a formação de um indivíduo independente, além da autoconfiança que ajuda a acreditar na própria capacidade de conquista.
São com essas pessoas que convivo no meu dia a dia, como responsável pelo treinamento físico. Com