Apesar de ser comum nas planilhas, muita polêmica gira em torno do desaquecimento após a corrida. A prática visa ajudar o corpo a “voltar ao seu normal” depois da atividade física intensa, ou seja, reduzir a frequência cardíaca do corredor e desacelerar seu metabolismo.Para o treinador Cristiano Fetter deve-se pensar antes de tudo por qual motivo praticar o desaquecimento, uma vez que, de acordo com estudos científicos, esse trote pós-treino não previne lesões, nem faz com que o atleta sinta menos dores.
Mas por que realizar este exercício? Ele pode trazer algum benefício?
Na opinião de Cristiano os ganhos vão muito além do treino de corrida em si. “Esse tempo ‘extra’ que está sendo dispendido em movimento é extremamente válido para parte social da corrida, é aonde você vai conversar, colocar o papo em dia, interagir com seus colegas de treino, até mesmo os mais rápidos. Parece besteira, mas esse é um aspecto fundamental para aderência à modalidade. Esses momentos podem definir se você vai ou não continuar focado no seu objetivo”, afirma.
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Além disso, o especialista frisa que o desaquecimento não faz mal, muito pelo contrário, pode até acrescentar volume à sua preparação. “Esse pequeno acréscimo de volume treino após treino, produz um aumento semanal no seu volume substancial. Quando se trata de corrida, pouca gente vai discordar de que quanto mais quilômetros treinados, obviamente dentro de certo limite, mais rápido será seu tempo na maratona (ou mesmo em provas mais curtas, como os 10 km)”, explica.
De acordo com Fetter, pode parecer pouco, mas correr 3 km após cada treino, 3 vezes na semana, já gera um acréscimo de 9 Km a mais no seu volume semanal, sem muitos esforços. “Parece que não, mas se você pensar que a grande maioria dos corredores amadores corre em média 40, 50 Km/semana é uma mudança substancial”, afirma.
O mais importante é saber que o desaquecimento não faz mal e ainda pode trazer alguns benefícios, então o que acha de acrescentar o trote à sua planilha?
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