Corrida: superação de limites, resiliência e a busca pela antifragilidade

Wania Rennó | Corrida · 12 mar, 2024

Cada atleta de corrida independentemente do nível em que se encontra, desde o iniciante até o de alta performance, tem uma história própria. Horas, dias, meses, e até anos de muito treino e participação em inúmeras provas, das mais variadas distâncias. Mas nós sabemos que nessa jornada da corrida não é só o físico que atua. A mente é grande colaboradora e influenciadora no desempenho, tanto nos treinos, como nas provas.

Corrida: superação de limites, resiliência e a busca pela antifragilidade

A resiliência é uma capacidade que pode ser desenvolvida para auxiliar o atleta a enfrentar as adversidades que podem ir desde uma lesão, até a frustração de não conseguir atingir seus objetivos, entre outras coisas que não estavam previstas.

A resiliência é uma capacidade que o atleta desenvolve e passa a aceitar os dias ruins da mesma forma que aceita os dias bons. Tendo a consciência de que, independentemente da dificuldade, sua caminhada continua em busca dos objetivos propostos. 

A superação dos limites significa sair da sua zona de conforto, explorando as capacidades físicas e mentais, mesmo que as dores, o cansaço e o desconforto fiquem mais intensos. 

Para o corredor, superar limites significa superar uma distância nova, participar de uma prova mais técnica e bater seu próprio tempo. Ou seja, superar seus limites é enfrentar novos desafios e se pensarmos bem, quando esse atleta escolheu a corrida como esporte, começar a correr e mudar os hábitos também foi um desafio. 

Para falar de antifragilidade quero primeiro falar de fragilidade. O que é a fragilidade no atleta? É a vulnerabilidade aos fatores estressantes, lesões, derrotas, pressões psicológicas que podem levar a resultados negativos, tanto físicos como emocionais.  A Fragilidade é sentida frente a dores, medo de lesões, pressão para alcançar suas metas, autocobrança em excesso etc. O que pode ocasionar no atleta lesões por excesso de treinamento, ou treinos inadequados. 

Já a antifragilidade surge quando os atletas não só resistem aos desafios e adversidades, mas usam essas experiências para se fortalecer. Diferente da resiliência, a antifragilidade traz melhorias e crescimento frente ao estresse. 

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O atleta cresce através dos desafios, aprende com suas falhas, com o feedback negativo, com as lesões e busca estratégias para superação. Desenvolve uma atitude mais positiva, usando caminhos que possam realmente auxiliar no seu crescimento. Treinamentos intensos com recuperação adequada aprimorando seu desempenho.

O interessante é notar que os atletas transitam entre a fragilidade e a antifragilidade ao longo de suas carreiras. Mas como acontece isso?

Ter consciência dos seus momentos de fragilidade ajuda a implementar as mudanças necessárias, buscando recursos e estratégias para alcançar a antifragilidade. A partir disso, os desafios e as adversidades se transformam em oportunidades para seu desenvolvimento e não mais como impedimentos. A adaptação a novas situações, ter objetivos claros e possíveis e estar abertos a novas aprendizagens trazem ao atleta a superação da sua fragilidade para alcançar a antifragilidade. 

Agora corra atrás da sua antifragilidade!

Wania Rennó

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Wania Rennó é psicóloga clínica do esporte, atuando como diretora Núcleo de Integralização Humana (Nihumana) e mais de 35 anos atendendo praticantes de diferentes modalidades desportivas.