Anti-inflamatórios cutâneos, como sprays e pomadas, realmente funcionam?

Redação Webrun | Cuidados · 24 nov, 2020

Como promessa de alívio imediato da dor, os anti-inflamatórios cutâneos chamam a atenção de quem não vê a hora de se livrar do desconforto que as lesões causam. Os produtos, que muitas vezes contam com mentol e cânfora na formulação, trazem uma sensação de conforto no local, mas será que realmente funcionam?

O fisioterapeuta Claudio Cotter deixa claro que da mesma forma que o anti-inflamatório oral é um paliativo no tratamento de inflamações do sistema músculo-esquelético, com os tópicos não poderia ser diferente. “Em processos agudos podem ajudar a controlar dores, mas na realidade é um coadjuvante no tratamento, que tem como principal objetivo entender a causa primária da dor”, explica.

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Anti-inflamatórios cutâneos, como sprays e pomadas, realmente funcionam?

Foto: Adobe Stock

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“Em uma revisão bibliográfica, são citados vários estudos demonstrando que os anti-inflamatórios tópicos mostraram melhores resultados no controle da dor e até na dimensão de rigidez articular, em comparação com tratamento com o tópico placebo. Em outros estudos não foram demonstradas diferenças estatísticas, entre os resultados dos medicamentos tópicos com aplicação de placebo”, conta Cotter.

Diferença entre os produtos

De acordo com Claudio, a única diferença entre a embalagem dos anti-inflamatórios é a praticidade e o preço. “Os sprays normalmente são utilizados por atletas, que não tem como lavar a mão em seguida. Os cremes, mais baratos, podem ser aplicados em casa mesmo”.

O medicamento encontrado nos emplastros é o mesmo, mas a ação costuma ser um pouco diferente. “Esses produtos concentram a ação das substâncias no mesmo local por mais tempo, mas não fazem diferença no músculo. A única coisa é que o atleta terá a sensação de conforto na pele por mais tempo”, explica Cotter.

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Solução

Não importa a atividade física, o mais indicado quando a dor aperta é parar e colocar gelo no local. “Quando você faz uma compressa de gelo está diminuindo o edema e impedindo que uma lesão pequena se torne grande. Quanto mais inchar, mais difícil será a cicatrização do tecido muscular”, discorre o fisioterapeuta.

Se você continuar praticando a atividade também pode aumentar a gravidade da lesão. “É necessário parar e fazer uma compressa de gelo por 20 ou 30 minutos, para não danificar ainda mais o músculo”, conta Claudio.

O profissional também dá uma dica aos esportistas que não querem abandonar as competições: “Sprays de gelo podem ajudar momentaneamente, sem necessidade de pausa, mas deve-se tomar muito cuidado para aplicá-los pois, de tão gelado, podem queimar a pele. Além disso, o efeito não será o mesmo da compressa de gelo”, ressalta.

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